sexta-feira, 29 de abril de 2011

Boa ação

                Passamos boa parte da nossa infância lendo as aventuras dos sobrinhos do Tio Donald como escoteiro;entretanto, ainda é difícil praticar uma das leis escoteiras que determina que uma boa ação seja feita todo dia.
                Alguns atos simples que poderíamos incorporar ao nosso dia-a-dia: segurar a porta do elevador, ajudar com o material escolar ou com compras, estacionar bem o carro de maneira a propiciar que outro também estacione, abrir a porta para outra pessoa passar, ligar para o colega ausente e perguntar se ele está bem, levar um livro ou uma revista para alguém ler porque determinado assunto é interessante, comprar algo que seu amigo está precisando e não tem tempo de providenciar, doar coisas, dar presentes sem data e, principalmente, algo muito simples que não custa nada, mas faz as pessoas tão felizes: ELOGIAR. Faça uma lista de pontos positivos das pessoas a sua volta, reflita e fale isso. Você vai ficar muito feliz e fazer a outra pessoa muito feliz. Não precisa mentir. Basta abrir os olhos e se dispor.

sábado, 23 de abril de 2011

Hércules e o topo da montanha




Houve um momento na vida  de  Hércules, na versão adaptada por James Baldwin, em que o famoso herói da Grécia antiga tinha que escolher entre dois caminhos.  Um caminho era uma vereda arborizada, largo, plano, ladeado por um rio de águas claras e por uma plantação  de árvores frutíferas e pássaros em toda a sua extensão. Porém, uma bruma  não permitia ver onde o caminho ia dar. O outro caminho era acidentado e cheio de pedras sem qualquer beleza natural, mas conduzia a uma bela cordilheira de montanhas azuis no horizonte. Hércules escolheu o caminho aparentemente mais difícil, entretanto, era o caminho que permitia manter o foco no objetivo final. 
Duas lições podem ser abstraídas desta história. Em primeiro lugar, desde os primórdios da humanidade, já se incultou na mente humana que o caminho para a felicidade é árduo, difícil e solitário. Este  ponto é muito sério pois precisamos nos livrar destes programas colocados em nossa mente. Às vezes, trilhamos toda nossa vida recusando benefícios que não venham após sofrimento e dificuldades. A vida é um presente divino e não deve ser encarada como amedrontadora e solitária. Seja feliz, curta os bons presentes e as águas claras que aparecem no caminho. 
Por outro lado, um outro ponto merece destaque. Jamais podemos perder de vista o objetivo. Hércules escolheu o caminho mais difícil e cheio de pedras porque ele lhe permitia visualizar as montanhas. Nosso foco precisa ser mantido. É necessário manter nossa mente e nossos olhos no objetivo final. Só assim não esmorecemos com as pedras no meio do caminho  e, com o resultado dos nossos esforços, atingimos o topo da montanha.
Um oferecimento:

domingo, 17 de abril de 2011

Críticas e elogios

No livro de  Daniel Goleman, Inteligência Emocional, aprendemos  como proceder ao comentar sobre a atitude ou trabalho de alguém. Há alguns passos que sempre devem ser seguidos e, na minha opinião, deveriam ser ensinados na escola.

Primeiramente, poderíamos fazer uma análise geral focando nos pontos positivos com honestidade e livre de preconceitos e emoções. É preciso ter em mente que, às vezes, nosso sentimentos obscurecem  e turvam nossa capacidade de ver com exatidão. Por isso, precisamos  nos libertar do passado e encarar a questão sem preconceitos.

Após elogiar os pontos positivos, aí sim, podemos  comentar  e criticar pontos que precisam ser trabalhados e melhorados. Este momento não pode  estar acompanhado de  raiva, desprezo ou pouco caso. É um momento particular, jamais em público, e que precisa ser tratado com muito respeito e cuidado.

 Após este momento, antes de finalizar o assunto, retomar um elogio e manter o sorriso carinhoso. Sempre ressaltando o esforço, a dedicação e o quanto a pessoa tem melhorado.

Seguindo as sugestões do autor, conseguimos efetivamente gerar mudanças sem mágoas ou traumas. Também, evitamos aquele estigma de que certas pessoas só conseguem enxergar os pontos negativos e as falhas. Tudo é uma questão de ser aprendido, treinado, ensinado e aplicado. Lembre-se que ensinamos mais pelo exemplo que por palavras.

sábado, 16 de abril de 2011

Filmes e livros

Pai de Sabrina

                                      Algumas cenas de filme ficam para sempre em nossas mentes desde a infância. Uma delas é a cena em que o pai da Sabrina ( Audrey Hepburn)explica que escolheu ser motorista para ter tempo para ler.  Ele explica isso na sala de estar  cercado de pilhas de livros. 

Duas outras cenas marcantes são: a Bella explicando para o dono da livraria que gosta de ler pois a leitura a ajuda a viajar para outros lugares cheios de aventura e beleza e a alegria que ela demonstra quando vê a Biblioteca do Castelo.
                                        Numa versão mais recente de Cinderela, a menina recebe de seu pai o livro Utopia e este será o ponto que a levará a conhecer o princípe e conquistar seu coração.
                                        Ler é realmente uma viagem pelo mundo da imaginação. Por isso, é muito bom ler para os pequenos seja antes de dormir ou   pela manhã, o importante é apresentá-los ao mundo dos livros, presentear com livros, ter livros espalhados pela casa. Afinal, contar histórias faz parte de nossa vida  desde os primórdios de nossa existência. As vantagens são muitas: aproxima pais e filhos, cria laços, desenvolve  vocabulário e técnicas de expressão e compreensão, sem falar da cultura geral. Algumas das melhores lembranças da minha infância remetem-me a filmes e livros. Experimente!

Um oferecimento:


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Bullying ou identidade?





Minha filha me entrega a lista de convidados para a festa de 15 anos. Ao olhar a lista, leio entre os nomes: Nem, Zem, ET, Picachu. Imediatamente, vou até a sala de TV, porque, como todo adolescente, ela estava no PC, e esclareço, educadamente, que a lista que eu pedi é para a calígrafa escrever os nomes nos envelopes e, também para ficar na loja do aluguel dos smokings,  portanto, preciso dos nomes reais das pessoas. Isto colocado, com a maior simplicidade, ela me explica que é assim que deve constar dos convites pois é uma questão de identidade. É desta forma que se tratam e são conhecidos. Não só ela não lembra dos nomes reais como, provavelmente, eles nem atenderiam se fossem chamados por outro nome. Restou-me sorrir e, mais uma vez, lembrar de minha mãe que dizia “tudo se quer como sal na comida”. Nem tudo é bullying...nem tudo é desrespeito.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Somos de planetas diferentes?

                          Assistindo uma palestra de Içami Tiba, chamou minha atenção a maneira como o palestrante define e explica as diferenças de comportamento entre homens e mulheres. Segundo o autor de vários livros, as mulheres resolvem seus problemas falando sobre eles. Nós, mulheres, contamos o que nos preocupa para várias mulheres sem buscar que nos deem conselhos ou soluções. O simples fato de colocar em palavras o que nos aflige alivia e encaminha as questões para uma solução.
                          Já os homens, ao ouvir o desabafo feminino, começam imediatamente a tentar encontrar soluções. O homem é prático e ágil. Ele busca ação. Por outro lado, quando o homem está com problemas, ele se fecha em sua caverna como bem explica John Gray em seu livro Homens são de Marte , Mulheres são de Vênus, e busca solidão e silêncio.
                          A mulher, em contrapartida, fica enlouquecida quando o homem está nesse momento caverna e não o deixa em Paz, pois é conversando que ela esclarece e enxerga melhor seus problemas. Neste livro, aprendi que no momento em que um homem entra em sua caverna, o melhor é deixá-lo e respeitar seu momento de solidão. Também, ressalto que , se estamos querendo apenas discursar sobre um assunto, não adianta falar com um homem, pois ele vai querer colocar as mãos em prática e achar soluções para o problema.
                         Outro ponto interessantíssimo do livro mencionado,  é que nunca se fala para um homem –“Depois você vai comprar isto para mim?” O homem entende ao pé da letra. Depois é depois. Já a mulher quer dizer – “Vai comprar isto AGORA.” Então, precisamos ser claras em nossas mensagens, sem deixar espaços para dúvidas.
                          Vamos observar e comparar. O livro é interessante, de leitura fácil e muito divertido.

sábado, 9 de abril de 2011

E assim começa o bullying...


Uma amiga-da-onça propõe para a outra amiga trocar um pé das sapatilhas e ir assim pra escola..cada pé com uma cor…A que recebeu a proposta não só topou como acreditou na amiga..Resultado: a amiga-da-onça foi de tênis pra escola e a crédula e inocente teve que aguentar a zoeira a manhã toda..amiga assim..ninguém precisa..Mas, a questão é muito mais complexa pois não se trata apenas de uma inocente traquinagem infantil. Esta brincadeira trouxe consequências sérias e duradouras. A partir daquele dia, as brincadeiras e "zoações" se eternizaram. A pobre menina virou alvo constante de piadas e apelidos. Passou a ser sinônimo de tudo que é considerado de mau gosto ou inapropriado. A vítima começou a fechar-se cada vez mais e isolar-se de todos. Temia ir para a escola e a auto-estima foi sendo arruinada.
Moral da História: Precisamos cortar o assunto assim que ele começa, sem perdão, sem dó. Não podemos substimar os danos causados no coração e na alma das pessoas..

sexta-feira, 8 de abril de 2011

BRANCA DE NEVE

                                Enquanto Branca de Neve for capaz de carregar duas crianças ao colo e ainda atender às necessidades e apelos das outras duas e do cachorro, o príncipe continuará sentado vendo televisão.
                               Conforme preconiza  Colette Dowling, in Complexo de Cinderela, toda mulher tem muito de Cinderela  - até a Branca de Neve da figura -  e sofre deste complexo. A mulher foi criada para desempenhar com perfeição todos os seus vários papéis e, muitas vezes, embora reclame do companheiro, não dá chances para que ele assuma algumas das responsabilidades do lar e dos filhos, porque afinal ele é o príncipe que a resgata dos perigos do mundo. Lembre-se, porém, que este príncipe tem o direito de, também cooperar na educação dos filhos e, muitas vezes, não ajuda mais porque a mulher não permite, assumindo o controle de tudo sempre.Pense, analise friamente o quanto você está sempre pronta para sabotar a participação do pai.
                                A mulher sente-se incompetente ao ter que dividir tarefas e o bichinho da culpa vai corroendo o sossego e a tranqüilidade. Segundo a autora mencionada acima, esta crença está de tal maneira enraizada nas entranhas femininas que a mulher não consegue enxergá-la. Quem disse que a Branca de Neve é perfeita? E o que é ser perfeita? Aliás, cá entre nós, alguém muito perfeita é uma chata...Chore, ria, grite, erre, peça perdão..Não tenha medo de errar nem de pedir ajuda. Eu, por exemplo, assumo publicamente que não nasci com GPS. Não tenho o menor senso de direção. E eu te pergunto:  - E daí? Seja feliz! Comece mudando um pouquinho, delegue tarefas, partilhe, compartilhe ou terminará como  a Bela Adormecida. A vida passará e você ficou dormindo. Viva a vida! Não espere pelo  príncipe.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

De princesa a MONGA


Um belo dia de sol ao levar meus filhos para escola,um deles me pede:

-Mãe, quando você for na reunião da escola, não vai vestida de mãe, por favor.

Naquele momento, comecei a pensar o que ele queria dizer e a observar as outras mulheres a minha volta.

A sobrecarga que acompanha a maternidade traz muitas mudanças em nossas vidas. Segundo Cristina Cairo, no livro Linguagem do Corpo, “o tamanho corporal excessivo está associado a (..) guardar mágoas,culpar os outros por seu sofrimento,colocar-se na posição de vítima, ter medo de perdas, ser superprotetora, ter apego exagerado,ser controladora, ser extremamente sensível.”

Qual mãe não tem medo de perder os filhos e não os superprotege? Cair no desequilíbrio emocional é muito fácil. Naquele momento, senti-me uma MONGA, e fiquei péssima. Este momento foi de crucial importância porque passei a olhar para mim mesma. Olhei-me demoradamente no espelho, olhei fotos antigas, parei para pensar em minha vida e, percebi que de Princesa, eu tinha virado MONGA. Como a própria Cristina Cairo afirma em seu livro supra citado, a capa de gordura era um casulo de proteção contra meus medos, contra a falta de tempo, contra a culpa. Conscientizei-me que para ser uma boa mãe, eu precisava estar bem. Refleti e comecei uma moderada mudança. Cada dia era uma nova etapa. Emagrecer era uma meta, mas eu queria mais:uma mudança interior, precisava resgatar o equilíbrio entre minhas várias funções. A missão parecia impossível, todavia, com a convicção de quem superou esta fase, posso afirmar: É possível ser mãe sem se perder no meio do caminho. Vale a pena!


quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Sermão da Montanha para educadores

Recebi por email esta mensagem e achei ótima..o autor é desconhecido, mas está de parabéns por ser tão criativo e retratar tão bem o cotidiano dos educadores.
Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e,


sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e


seguidores se aproximassem.


Ele os preparava para serem os educadores capazes


de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.


Tomando a palavra, disse-lhes:


- “Em verdade vos digo:


Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.


Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.


Felizes os misericordiosos, porque...”


Pedro o interrompeu:


- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?


André perguntou:


- É pra copiar?


Filipe lamentou-se:


- Esqueci meu papiro!


Bartolomeu quis saber:


- Vai cair na prova?


João levantou a mão:


- Posso ir ao banheiro?


Judas Iscariotes resmungou:


- O que é que a gente vai ganhar com isso?


Judas Tadeu defendeu-se:


- Foi o outro Judas que perguntou!


Tomé questionou:


- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?


Tiago Maior indagou:


- Vai valer nota?


Tiago Menor reclamou:


- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.


Simão Zelote gritou, nervoso:


- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?


Mateus queixou-se:


- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!



Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:


- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para o levantamento dos conhecimentos prévios?



Caifás emendou:


- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais?



Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:


- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto. E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor titular...

E alguns ainda acham que educador tem férias duas vezes por ano..rs




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segunda-feira, 4 de abril de 2011

PROCURA-SE

Onde está a GENTILEZA?  Está desaparecendo dia-a-dia. As autoridades estão preocupadas pois as novas gerações não a conhecem mais. A Gentileza desapareceu gradativamente de nossas vidas. Em breve, nossos dicionários não mais registrarão certos vocábulos como com licença, por favor, obrigada(o) por falta de uso. Por isso, precisamos  formar uma equipe de busca urgentemente e fazer o Resgate da Gentileza trazendo-a de volta ao nosso convívio.
Como educadora, ressalto que as crianças aprendem mais pelo exemplo do que por palavras, por isso, nós adultos precisamos nos esmerar mais e fazer da Gentileza uma prática diária. Certas atitudes tornam a vida mais leve e a convivência em comunidade mais alegre. São atitudes simples como permitir que alguém passe na nossa frente, ajudar a carregar as compras, comprar  algo para um vizinho, adiantar certas tarefas para um colega, ligar para um amigo que está doente, levar um café para o porteiro. Poderíamos voltar àquela prática escoteira " Faça uma boa ação por dia." Se cada um de nós se esforçar todo dia, em breve mudaremos nosso ambiente de trabalho, familiar, vizinhança. Como dizia minha avó, " Uma andorinha faz verão sim". Vamos sorrir mais e mudar de atitude.





sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ninho vazio

No livro, Comunicação entre pais e filhos ,  Maria Tereza Maldonado afirma que muitos pais necessitam fazer tudo pela criança para se sentirem úteis. À medida em que o filho cresce, sentem-se sem função, sozinhos e, ainda ressentidos quando são pouco solicitados.
Ser bom pai ou boa mãe, às vezes, tem o significado de dar tudo para a criança. Nesse contexto, predominam as atitudes de renúncia ( “Ser mãe é padecer no paraíso”), em que só as necessidades do filho são levadas em consideração, enquanto as dos pais ficam relegadas a segundo plano para poderem viver em função do filho. Essa atitude costuma encobrir um sentimento de culpa – a sensação de que, se cuidarem de si próprios, estarão abandonando a criança, deixando-a de lado. A atitude de renúncia crônica acaba criando insatisfação e frustração.(p. 18 e 19)
Por isso,  os pais precisam resguardar o seu espaço, o seu tempo livre. Há tempo para tudo e a organização do lar precisa incluir horas em que o casal possa ficar sozinho. Faz-se  necessário dispensar tempo para o lazer que não inclua os filhos. Essas horas não  servem apenas para que os pais possam recarregar a energia dispendida na educação dos filhos, mas , também, para que as crianças aprendam que não são o centro do universo e que há momentos em que precisam esperar. Faz parte da vida lidar com frustrações e ter que esperar, portanto, precisamos aprender essas lições desde criança. Não se sinta culpado, curta seus momentos únicos e necessários para continuar a jornada, afinal, todo viajante  para  embaixo de um árvore  para descansar.