domingo, 23 de dezembro de 2012

Simples assim!

                                  Meu filho, aos quatro anos, me perguntou:"Mãe,  você sabe o que é revolta?" Enquanto meu cérebro se esfalfava buscando uma resposta sócio-filosófica-histórica adequada pedagogicamente para a idade dele, ele interrompeu-me explicando: "Ah, você não sabe!!! É voltar de novo! RE-VOLTA."
                                   Naquele momento, além de rir muito aprendi a primeiro perguntar onde ele viu aquilo e acima de tudo tentar simplificar.
                                    Ao contar esta passagem para uma amiga, ela me disse que certa vez a filha perguntou o que era sexo. Após, toda uma explicação biológica, a filha complementou: "Tá mas o que eu coloco aqui: Feminino ou masculino?" Ela só queria responder ao formulário para ter um email...rs
                                    Na mesma linha, numa época de carnaval, uma menina perguntou dentro do carro para que usar camisinha. A família inteira gelou porque ela era muito pequena. O irmão um pouco mais velho explicou:"Pra não pegar AIDS."
                                    Viram, simples assim! Temos que aprender a simplificar com as crianças, por isso neste Natal curta as crianças, brinque com elas e SIMPLIFIQUE.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Sobre o que as mulheres falam?


Fim de ano, reunião de amigas para o tradicional amigo  secreto, sobre o que elas conversam? Bem, as minhas amigas da ginástica, dissertaram sobre comida, dietas, academias de ginástica, energizantes, remédios para emagrecer, bijuterias, roupas e comida novamente e mais uma vez  médicos e nutricionistas, e de novo....
Já o meu grupo de estudos, ao invés de filosofar sobre a vida, discutiu por horas a fio incansavelmente entre muita risada e descontração sobre a organização de armários. Acredite se puder!!! Em plena pizzaria, entre fotos e presentes o assunto que se perpetuou até os dias seguintes nas redes sociais foi arrumação de armários.
Tudo começou com o assunto mudança de residência e a importância de se desfazer de algumas coisas e dar lugar para o novo. Daí, passamos a trocar dicas de como lavar e passar roupa de forma rápida e prática pois todas trabalhamos e o tempo é escasso.
Entre tantas dicas, uma amiga surgiu com a dica de colocar as meias em potes de sorvete decorados dentro da gaveta. Esta ideia foi  aceita, até por ser  ecologicamente correta; entretanto, embasbacou uma das colegas que sequer  tem tesoura em casa??!! Como assim???? Bem, mentalmente, todas começaram contando quantas, onde guardam, as funções e os tipos de  tesouras. Minha amiga destesourada começou a sentir a auto-estima declinando. Porém, não paramos por aí...
Outra explicou, que separava a roupa por cores na gaveta, e também por estação. Neste momento, minha amiga destesourada explicou que enrola toda a roupa de inverno, põe num saco preto e guarda no maleiro do armário, mandando pra lavanderia  antes do próximo inverno. Quase foi linchada!!!! Mas, não acabou não!!!
Outra explicou que odiava quando a mãe, ali presente, arrumava o armário dela, pois havia uma ordem e a mãe desordenava toda a lógica do armário. A mãe explicou que resolveu o problema comprando cabides  todos da mesma cor porque o que a irritava era ver as cores todas misturadas e os cabides  virados para lados diferentes. Quase todas as amigas concordaram que os cabides têm que estar todos virados para o mesmo lado. Nossa!!! Como esta questão era quase unânime, algumas colegas sentiram-se realmente vítimas de bullying...rs..ou dignas de ganhar o concurso de A DESORGANIZADA  do ANO!!    
Adorei algumas dicas recebidas de como organizar gavetas  e armários e ri demais!!!!! E nem ouso encerrar sem mencionar que a destesourada foi a única que sabia ensinar a tirar gordura de panelas e formas usando vinagre, inclusive sugere colocar um pouco de vinagre ou detergente na máquina de lavar para desengordurar roupas também.Pronto já sabem sobre o que as mulheres falam quando estão reunidas!!!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Cutting - sabe o que é isso?


Teca, nome fictício, 14 anos, linda, simpática e inteligente, conheço-a desde a primeira infância, porém fui apanhada de surpresa com a frase: “Professora, já ouviu falar em cutting? Eu não consigo parar.”
Fui apanhada sem qualquer preparo e me preocupei muito, por isso,hoje aproveito para dividir com vocês este drama que está acometendo nossos adolescentes silenciosamente.
Cutting ou automutilação é uma tentativa do jovem de amenizar o sofrimento. Ao se cortar, a ansiedade ou os pensamentos recorrentes parecem diminuir. Várias pessoas famosas ou não, têm admitido cortar-se para aliviar o sofrimento. A grande maioria foi ou está sendo vítima de bullying, assédio sexual ou moral ou desamor, mas as razões que levaram ao primeiro corte são bem diversas.
O importante é que este comportamento está entrando em nossos lares  numa rapidez alarmante. Nem sempre se cortam, algumas vezes, batem em si mesmos, queimam-se ou socam seus próprios corpos. Porém, como tudo isso é feito escondido, não há muitos dados, mas, estatísticas americanas comprovam que mais de três milhões de americanos praticam esta autoflagelação frequentemente, sendo que a maioria é de pessoas do sexo feminino. O processo começa com pequenos ferimentos que vão progressivamente aumentando como um vício.
Segundo alguns médicos, de fato os cortes provocam a liberação de endorfinas provocando essa sensação de alívio para o sofrimento.Alguns dados indicam que pessoas que sofrem de distúrbios alimentares, abandono e baixa-estima  lideram os casos.
Bem, o que fazer? Os médicos e psicólogos alertam que os pais devem observar mudanças no humor, jeito de se vestir( do tipo esconder ferimentos como mangas longas e calças) e comportamento. A ajuda médica é essencial e muita colaboração dos pais dedicando tempo e amor, pois estes jovens normalmente sentem-se não desejados e não amados. Como a personalidade tímida dificulta a aproximação de amigos e parentes, faz-se necessário ter uma aproximação gradativa e carinhosa. Fique de olhos bem abertos. 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Anorexia e bulimia


Com o falecimento de Karen Carpenter em 1983, o mundo voltou-se para um problema que parecia ser algo novo: anorexia nervosa.
Muitos anos após este caso, em minha pós graduação, fiquei surpresa com as estatísticas alarmantes indicadoras do alto número de adolescentes sofrendo de distúrbios alimentares.Hoje, assusto-me ao ver número de adolescentes, sofrendo com estes males, cada vez mais crescente em minhas salas de aula, ou seja, muito próximos de mim.
Causas? Alguns culpam a mídia com a exigência por corpos esbeltos como padrão de beleza e sucesso. Outros  responsabilizam as famílias por abandonarem as crianças, entregando-as nas mãos de babás ou escolas. Ainda uma outra corrente  atribui aos hormônios consumidos nos alimentos cada vez mais industrializados.
Possivelmente, estamos frente a uma somatória de causas. Realmente, nossa sociedade valoriza a magreza e a rapidez na obtenção dos desejos. Mas, além disso, o núcleo familiar está cada vez mais reduzido. Há algumas décadas atrás, as crianças iam para a escola por volta dos seis anos. Até então, havia tias, avós primos  e irmãos mais velhos para olhar pelas crianças pequenas. A rua era um lugar tão seguro como o quintal de casa cheio de árvores que proporcionam um contato com a natureza e a liberdade para correr e queimar o excesso de gordura ou adrenalina.
Atualmente, nossas crianças e adolescentes estão sendo educados por computadores e games. O isolamento social, a falta de afeto, a alimentação desequilibrada e a constante pressão podem estar provocando este crescimento nos índices dos distúrbios alimentares.
A agressividade, bem como, a depressão, síndrome do pânico e distúrbios alimentares  representam gritos desesperados de SOCORRO. Não dê as costas nem subestime estas reações. Você pode fazer a diferença!



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Movimento Slow Down - junte-se a ele


Às vezes, me pergunto por que as crianças parecem já nascer ansiosas? Será que as mães passam essa ansiedade ainda durante a gestação? Então, isto significa que antigamente, as mães não eram ansiosas?
Debruçando-me sobre essas questões, deparei-me com pontos relevantes. As mães de antigamente eram menos ansiosas, pois não tinham essa jornada dupla de hoje, embora o serviço de casa seja bem pesado, as preocupações eram menores. Normalmente, as esposas cuidavam da casa e das crianças, enquanto os maridos proviam o sustento responsabilizando-se inclusive pelo pagamento de todas as contas. E, por falar em contas, estas eram em número muito inferior ao de hoje. Resumiam-se a aluguel, impostos, luz e água. Gradativamente, foram surgindo as contas de telefone e aí tudo degringolou. Quantas contas de telefone pagamos hoje em dia? Sem mencionar o plano de saúde, as escolas, cursos extras e internet.A atividade física era de graça na rua , jogando com os amigos, ou na praia. Hoje, qualquer esporte é feito em academia e implica em mais uma conta. Todos esses fatores vão gerando uma sensação de angústia e cansaço que vão crescendo paulatinamente sem percebermos.
Nossas crianças não vão para a rua brincar com os amigos e espairecer. Ao contrário, ficam em casa, na TV ou no computador, ruminando aquilo que os incomoda. Os pais, por sua vez, tentando corresponder a todas as expectativas, transmitem  frustração e  angústia para seus filhos.
Por estes motivos, um novo  movimento está sendo lançado no mundo:  o SLOW DOWN. A ideia é diminuir a correria desenfreada em que vivemos. A proposta é evitar restaurantes ou lanchonetes tipo fast food, trabalhar menos horas, desligar computadores, aparelhos de televisão e, principalmente, aparelhos celulares.
O que você acha da proposta? Vamos tentar? Quem sabe você consegue se presentear com uma hora por dia, sem TV, sem celular, sem internet e toma aquele banho demorado  e um chá calmamente e fumegante. Vale tentar!