terça-feira, 17 de abril de 2018

Crianças e paredes


Já ouviram falar em registro ou arte rupestre? Desde a pré-história, o hábito de desenhar já fazia parte do cotidiano dos seres humanos. Nas paredes das cavernas e em rochas ao ar livre, encontramos desenhos que representam animais e ações do dia-a-dia da época. O ser humano evoluiu em muitos aspectos, mas desenhar ainda é uma atividade que proporciona uma sensação de bem–estar capaz de melhorar a auto- estima e auto- expressão através da  seleção de cores, formas e espaço.
O desenvolvimento da criatividade caminha junto com o da coordenação motora fina. Mas, o que é coordenação motora?  Define-se como a capacidade que o corpo tem de realizar movimentos como correr, pular, jogar. Ela é dividida em coordenação motora grossa quando se refere aos movimentos mencionados anteriormente e coordenação motora fina quando se refere a escrever, pintar, cortar, bordar, desenhar.
Na infância, ocorre o primeiro contato com a arte explorando, pesquisando, produzindo coisas novas socializando e compartilhando sentimentos e escolhas. Manuseando objetos, brincando com massinha ou pintando, a criança realiza movimentos mais delicados e essenciais para  habilidades futuras, inclusive a de escrever.
Nesta linha de desenvolvimento de habilidades motoras, pintar, desenhar ou escrever em paredes é essencial. A visão se amplia, o espaço é maior e todo o corpo participa da atividade de movimento e arte.
Alguns pintores famosos deixaram em suas casas, obras de arte lindíssimas nas paredes. Não teríamos informações do período das cavernas, não fosse pelas pinturas rupestres. Por isso, delimite um espaço, mesmo que seja nos ladrilhos do banheiro, mas deixem as crianças voarem pelo reino da imaginação enquanto desenvolvem a coordenação motora fina e a criatividade. Antes que me xinguem, deixem-me avisar que há uma tinta especialmente produzida para azulejos que pode ser usada na hora do banho. Pensem nisso!

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segunda-feira, 2 de abril de 2018

TEA - Transtorno do Espectro Autista




O Transtorno do Espectro Autista  afeta as áreas do aprendizado e da socialização.
De maneira geral e em graus variados,  apresentam   algumas das características abaixo:
  • não olham nos olhos;
  • não se voltam ao ouvir vozes;
  • não compreendem figuras de linguagem;
  • não toleram mudanças na rotina;
  • não entendem regras sociais;
  • apresentam comportamentos repetitivos;
  • enfileiram brinquedos ou objetos;
  • caminham em círculos;
  • movimentam o corpo;
  • comportamento rígido;
  • evitam o contato físico;
  • têm dificuldade para reconhecer afeto. 
Em sala de aula, é necessário:                                                    
  • usar estímulo visual ( fotografias e figuras);
  • fracionar a informação;
  • acentuar a entonação;
  • promover o contato visual;
  • evitar muitas instruções ao mesmo tempo;
  • ensinar o revezamento da conversa;
  • manter o ambiente estruturado e organizado.

Há vários e diferentes graus que variam de pessoa para pessoa. Há alguns intitulados de alta funcionalidade, pois suas características leves permitem a vida normal e independente.
Texto baseado nas palestras assistidas no congresso sobre dificuldades de Aprendizagem em ago/2013, Universidade Mackenzie, São Paulo. Organizado pela ANDEA.
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domingo, 1 de abril de 2018

Miopia, tecnologia e escola

Jornal A Tribuna  11 de março de 2018

Segundo a reportagem acima e a opinião do oftalmologista Marcos Garcia, pode ser atribuída à tecnologia,  a explosão de casos de miopia no Brasil e no mundo. A matéria chamou minha atenção porque eu já vinha observando ,em meus alunos adolescentes, a crescente dificuldade de enxergar. Embora jovens,  percebo  que estão com dificuldade para ler o que está escrito no quadro  branco e até imagens  e textos projetados. À princípio, achei que era um motivo para levantar e aproximar-se do quadro ou porque não levavam os óculos para as aulas de inglês pela vaidade típica da idade uma vez que já tinham usado pela manhã na escola.  Porém,  ao ler o artigo supra citado, deparei-me com a confirmação do que eu já  havia constatado no meu dia-a-dia.
No mesmo artigo, são sugeridas atividades ao ar livre ou esportivas que estimulem a visão de longe. Como professora e coordenadora sugiro que nos planos de aula sejam acrescidas atividades lúdicas e jogos com esse objetivo. Por exemplo:
·         mostrando figuras ou palavras de longe  e os alunos terão que ler ou reconhecer,
·         jogos tipo wall dictation onde os alunos têm que ler a palavra, correr, desenhá-la, e escrevê-la ou ditá-la para seu grupo,
·         palavras  coladas ou escritas na lousa  ou no chão em que os alunos escutam uma música ou história e correm para apanhar o slip ou marcar a palavra na lousa ao ouvir;
·         imagens ou palavras espalhadas pelo pátio para que os alunos  recolham ou agrupem-se próximo a elas obedecendo o comando da professora.

Todas esta sugestões simples, incorporadas à  rotina de sala de aula, poderão ajudar a  prevenir a miopia e acrescentar diversão e aprendizagem às aulas.

Um oferecimento: